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4 receitas de quibe sem carne que vão te surpreender

Coleção Receitas

4 receitas de quibe sem carne que vão te surpreender

Se você acha que comida vegetariana é insossa, pense de novo!  O quibe sem carne ou quibe vegano que apresentamos hoje é um sério concorrente da sua contraparte carnuda. Feito com legumes picados e mistura de especiarias para dar um toque único, é um bom exemplo de como sabores fortes e complexos podem funcionar perfeitamente quando a receita combina bem os ingredientes e textura. 

Para que você consiga essa harmonia, fizemos um menu com 4 maneiras diferentes de preparar o quibe. Este post também terá um conteúdo um pouco mais extenso, e aviso com antecedência para que possa pular direto para as receitas. Agora, se você adora histórias de comida e rica história, prossiga com a leitura enquanto te levo a um passeio culinário sobre o nascimento dos quibes e como eles viajaram e se adaptaram ao redor do mundo.

A rota do quibe...

A prática de amassar o trigo e uni-lo à carne, vegetais e especiarias tem origem na Antiguidade oriental, ganhando formas mais sofisticadas possivelmente no Mediterrâneo. O termo português “quibe”, diga-se, vem da palavra árabe kibbeh ou kubbah (clássico), que significa “formar uma bola”. 

No Oriente Médio, onde a Síria, Líbano e Iraque disputam a origem da iguaria, o prato é popularmente servido cru em um dia e assado no outro. Somente no país assírio, existem mais de 15 tipos de quibe, que constituem uma parte significativa da dieta daquele povo. Semelhante em variedades, a culinária iraquiana possui ainda um outro tipo de quibe que é misturado e depois cozido com tomates e temperos. 

Embora o quibe tenha a assinatura da culinária árabe, quando chegou ao Ocidente através da imigração sírio-libanesa, tornou-se algo diferente. Na Colômbia, as variações locais do quitute usam carne moída em vez de cordeiro, ingrediente original da versão mediterrânea. A adaptação de misturas e temperos, aliás, ocorreu em todos os países da América Latina e do Norte, quando receberam milhares de refugiados do antigo Império Otomano, durante o Levante, no final do século 19 e início do século 20.

O quibe também seguiu em muitas outras direções, carregado ao longo da Rota da Seda até a Europa por comerciantes que descobriram que cozinhar pequenos bolinhos de triguilho e carne era mais rápido, barato e eficiente. Surge daí, claro, um quibe assado à italiana. 

Por sua vez, no Brasil, o prato adquiriu presença quase vernacular e é frequentemente oferecido frito em lanchonetes, bares e festas infantis junto com outras iguarias regionais. A exemplo de seus vizinhos, nosso país adotou o quitute durante o processo de imigração árabe. Por aqui, a chegada dos libaneses teve início oficialmente por volta de 1880, quatro anos após uma visita do Imperador D. Pedro II àquele país. O livro ‘O Quibe no Tabuleiro da Baiana’ (Editus, 2006), da pesquisadora Maria Luiza Silva Santos, relata com detalhes esse período…

Pote com quibes e salsinha

A variedade desse alimento é praticamente infinita. Além dos originais kibbeh bel baid (quibe com ovos), kubbat mosul e kibbe nayye, existem as muitas versões ocidentais do prato à base de carne, como: quibe frito (com patinho ou coxão mole), de forno (com músculo bovino moído), de inhame ou mussarela, que são queridinhos dos brasileiros. 

Ainda no nosso contexto, o quibe ganha mais destaque quando se olha para os 14% da população que se declaram vegetarianos, seja porque não podem comer carne ou por sua filosofia de proteção dos animais. Tendo alcançado níveis de textura e sabor que em nada perde para sua contraparte, o quibe sem carne é uma daquelas variações que devem estar à disposição de todos os que o desejem experimentar. 

Inspirado por essa história incrível e pelas várias possibilidades para a iguaria, que tal agora você aprender as quatro receitas de quibe sem carne que são surpreendentes? Deliciosos, suculentos, derretem na boca; sério, são viciantes. 

Quibe Assado sem carne

Ingredientes: 

  • 2 xícaras (500 g) de trigo para quibe Caldo Bom
  • 3 batatas médias cozidas e espremidas
  • 1 colher (sopa) de farinha de trigo
  • 1 limão médio 
  • ½ pimentão pequeno picado
  • 1 cabeça de alho média picada 
  • 1 cebola média picada
  • 1 colher (chá) orégano
  • Sal, hortelã, cebolinha e salsinha a gosto
  • Azeite para regar

Super Dica: Não há necessidade de cobrir o trigo com água. Coloque um pouquinho de água quente no fundo da vasilha e leve o trigo. Mexa de vez em quando e sinta a textura. É rápido, não precisa espremer e se você for fazer tabule, fica sequinho!

Modo de preparo: 

  1. Misture a batata e a farinha até dar liga e reserve.
  2. Agora, esprema o limão sobre o trigo
  3. Coloque o pimentão, a cabeça de alho, hortelã, cebola, orégano e o sal.
  4. Use as mãos (higienizadas) para amassar bem o trigo com os temperos até dar liga.
  5. Adicione a cebolinha e a salsinha picadas e mexa.
  6. Em seguida, misture a pasta da batata e farinha com o triguilho temperado (como se fosse a carne no quibe de carne)
  7. Unte o refratário com azeite e leve o quibe (vai ele inteiro na forma)
  8.  Corte em pedaços antes de assar porque senão na hora de tirar ele quebra. Regue com azeite e leve ao forno até dourar por cima.   

Quibe Frito Vegano

Ingredientes: 

Modo de preparo: 

  1. Com o triguilho de molho e reservado, aproveite o tempo para levar 1 xíc de PTS a uma panela com água em ponto de ferver.
  2. Adicione a colher de vinagre, mexa e deixe hidratar durante 5 min.
  3.  Depois, lave, escorra e esprema a PTS.
  4. Em uma panela, refogue os 2 dentes de alho amassado com as 2 colheres de azeite. Acrescente ½ cebola e pimentão picado a gosto.
  5. Misture a PTS já hidratada e coloque as 2 colheres de páprica, 2 de açafrão e 1 colher de chá de qualquer tempero defumado. 
  6. Adicione as azeitonas picadas, salsa e sal, mexa e deixe fritar durante outros 5 min.
  7. Em uma vasilha, junte o trigo e a PTS refogada, acrescentando a batata cozida e amassada, 1 cebola pequena ralada, sal, hortelã, pimenta do reino, cominho, mais 1 colher de sopa de tempero defumado, o alho moído, e mexa bem até dar liga.
  8. Finalmente, molde o quibe fazendo os bolinho e depois frite-os no óleo bem quente. E está pronto! Sirva com pedaços de limão.

Quibe Vegetariano ao forno

Ingredientes: 

  • 1 xícara (250g) de trigo para quibe Caldo Bom
  • 1 copo de amêndoas 
  • 1 cebola média picada em cubos
  • 1 copo de hortelã picada
  • 2 cenouras raladas finas
  • 2 dentes de alho
  • 1 limão
  • 4 colheres de sopa de shoyu
  • Sal marinho, azeite e pimenta do reino Caldo Bom a gosto

Modo de preparo: 

  1. Triture no liquidificador 1 copo de amêndoas junto a 4 copos de água (é aconselhável primeiro deixá-las de molho por no mínimo 4 horas)
  2. Use um tecido fino como coador para filtrar o leite.
  3. Misture a fibra (bagaço) das amêndoas com o trigo hidratado.
  4. Acrescente as 2 cenouras, o suco do limão, hortelã, a cebola picada, o azeite, tempere com sal, pimenta do reino, os dois dentes de alhos amassados e as 4 colheres de shoyu.
  5. Monte os bolinhos em formato de quibe e coloque em um tabuleiro untado com azeite. Leve ao forno a 220° por aproximadamente 30 min. 

Outra Dica: Se você está sem tempo, mas não quer perder os sabores desse quitute, uma opção super indicada é a mistura para quibe vegano da Caldo Bom. Tem rápido preparo, saudável, é 100% vegetal e ainda rende 15 quibes médios. Até os amantes mais apegados da carne estão se rendendo à mistura.

Mistura pronta para Quibe Frito

Modo de preparo: 

  1. Em uma tigela, coloque a mistura e acrescente 250ml de água. Misture com uma colher e deixe descansar durante 5 min 
  2. Para ficar ainda mais especial, acrescente hortelã moída a gosto e mexa.
  3. Com o auxílio de uma colher, separe a massa em pequenas porções, moldando com as mãos no formato e tamanho desejado para os quibes.
  4. Em uma panela ou frigideira, pré aqueça o óleo em fogo médio e frite os quibes até dourar. Escorra em papel absorvente e sirva ainda quente. Bom apetite!

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Nota do Editor: Este post foi editado em 17 de fevereiro para fornecer mais informações.