Qual a origem das Festas Juninas?

Qual a origem das Festas Juninas?

Todos os anos, conforme o mês de junho se aproxima, o povo só pensa em uma coisa: festa junina! Ah, a festa junina... Pipoca, quentão, quadrilha, pescaria, pamonha, paçoquinha, correio elegante, vestido florido, camisa xadrez… Ô, trem bão! Quando o assunto é arraiá, o brasileiro não deixa nada a desejar! 

Em todos os cantos do país, do Oiapoque ao Chuí, as comemorações em homenagem a São João, São Pedro e Santo Antônio garantem diversão, música boa, brincadeiras para os pequenos (e para os não tão pequenos assim), quitutes cheios de sabor, simpatias e aquele cheirinho típico, que só uma boa festa junina tem, e que mistura os aromas do quentão, da pipoca fresquinha, do pinhão suculento, do bolo de milho… 

Ah, dá água na boca só de lembrar – e quem disser que não, está mentindo ou não tem juízo e merece ir logo para a cadeia. Chama o delegado, sô!

A origem das Festas Juninas

Não é de hoje que comemoramos o arraiá – aliás, por mais estranho que pareça, a origem das festas juninas não é brasileira! Foram os colonizadores portugueses que trouxeram a cultura do festerê religioso para cá e nós, é claro, deixamos os festejos com a nossa carinha. Em Portugal as festas juninas são muito populares até hoje também.

Na terrinha dos portugueses, a festa é chamada também de joanina e, assim como acontece no Brasil, homenageia a figura importante de São João. A data é levada tão a sério que o dia de São João é feriado em todo o país! Óia a dica aí, hein, ôtoridades!

Há quem diga que a festa junina teve sua origem na Europa devido às comemorações feitas durante o Solstício de verão. Por lá, a época de festas era para celebrar os tempos de colheita e fertilidade, usando flores e frutos como decoração. Já pensou que bonito?

Qual é o dia da Festa Junina?

O dia, não! Os dias! No Brasil, comemoramos as festas juninas nos dias 13, 24 e 29 de junho em alusão aos santos homenageados nas mesmas datas (Santo Antônio, São João e São Pedro, respectivamente).

Em algumas regiões, as festas juninas acontecem em finais de semana aleatórios para bater com calendários que não podem ser mudados, como os escolares. Ou seja: a gente tem três dias certinhos para comemorar, mas quem nunca foi em uma festa junina em outra data (ou até em julho) que atire a primeira paçoca!

O que simboliza a Festa Junina?

A Festa Junina é uma comemoração cheia de significados, mas seu principal objetivo é celebrar a fé cristã e alguns de seus grandes nomes, como São João, Santo Antônio e São Pedro.

Antes da relação com a religião, as festas eram uma forma de as pessoas celebrarem boas colheitas e, conforme as crenças antigas, afastarem espíritos do mal e que pudessem atrapalhar a agricultura.

Até hoje as festas trazem essa referência da vida no campo com o uso de decorações feitas com palha, quitutes à base de ingredientes como milho, amendoim, mandioca, vinho, pinhão e, claro, as roupas caricatas de caipira – tudo isso embalado pelas músicas típicas que tanto amamos.

Quais são as principais características da Festa Junina?

Se tem uma coisa que podemos afirmar sobre as festas juninas é que elas têm tradições específicas, responsáveis pelo jeitinho único deste festerê.

Uma boa festa junina capricha em tudo. A decoração é repleta de bandeirinhas e balões, e todas as comidas e as bebidas são vendidas em barraquinhas, geralmente decoradas com palha e adereços em xadrez. 

Os comes e bebes são de dar água na boca: pamonha, curau, pipoca, paçoca, cachorro-quente, canjica, bolo de milho, quentão, vinho quente e muito mais! 

Para os pequenos, a diversão é garantida! Com muita música boa e brincadeiras como a tradicional pescaria ou o jogo de argolas, não tem chance de a criançada cair no tédio. 

A época é boa até mesmo para quem não abre mão daquela leve superstição nossa de cada dia de Santo Antônio – cof, cof. Em muitas regiões, é comum que as pessoas que desejam casar em breve façam suas simpatias para o santo casamenteiro e, nas quermesses das igrejas, dá até para encontrar miniaturas do santo dentro de pedaços de bolo! 

As comemorações pelo Brasil

Se você já teve a sorte de curtir uma festa junina em Campina Grande, na Paraíba, sabe bem que por lá a festa é de respeito – é a melhor festa junina do mundo, inclusive. Já nas regiões do Sul do país, falar em festa junina e não pensar em comer pinhão é quase um crime! Pois é, os costumes relacionados com o arraiá mudam conforme a região do festerê. Tem coisa mais legal do que essa pluralidade cultural brasileira? A gente acha que não.

Norte

No Norte, o arraiá é também uma festa feita para celebrar algumas lendas brasileiras, como a do galante Boto Cor-de-rosa e, claro, a do Boi-Bumbá. Essa figura é tão importante que os grupos Boi Garantido e Boi Caprichoso são a atração principal do Bumbódromo de Parintins.

Tanto no Norte quanto no Nordeste, as festas do mês de junho são especiais e responsáveis também pela movimentação da economia e do turismo local. Quer conferir as melhores festas juninas do mundo? Então o jeito é ir para alguma cidade do norte, viu!

Nordeste

O Nordeste, é claro, não fica atrás na hora de caprichar no arraiá, e se você for para lá, vai ouvir forró, aproveitar as fogueiras e, certamente, se deliciar com quitutes típicos e cheios de sabor.

O destaque especial vai para as cidades de Campina Grande (beijos, Juliette!) e Caruaru, famosas por promoverem as melhores festas juninas do planeta. Êta, coisa boa!

Centro-Oeste

Agora, se você acha que as festas juninas brasileiras têm influência só das comemorações europeias, sabe de nada, inocente! No Centro-Oeste, o festerê tem um quê paraguaio também, por causa da proximidade com o país hermano, então é comum que nessas regiões as pessoas dancem, além das quadrilhas, a belíssima Polca.

Sudoeste

Para conferir um casamento caipira de respeito e se divertir com as encenações desse momento divertido, o ideal é ir para alguma cidade do Sudoeste do país. Além de criar a confusão com os noivos e o padre, as festas juninas são animadas com forró e música sertaneja. Pensa num bailão bão, sô!

Sul

E se por acaso você ainda não sabe o que é esse tal de pinhão, que já foi citado algumas vezes, o jeito é ir para alguma cidade do Sul e comemorar uma festa junina com muito frio, quentão e, claro, o tradicional pinhão cozido. É impossível não gostar. Aliás, devido ao frio, as fogueiras são quase obrigatórias e a recomendação de toda mãe impera: Não dá para sair sem levar um casaco, hein! Ou japona.

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